terça-feira, 31 de maio de 2011

Saga of Gurke...

... que é como quem diz "A Saga do Pepino" em alemão. O R. está na Alemanha perto dos pipinos contaminados. Ele que raramente come legumes, agora que foi para lá deu-lhe para os comer (que conveniente...), ele é sopa ao almoço, é pimentos ao jantar, é uma fartura... espectacular!
Desde 6ª que estou em formação com o tema: Inteligência Emocional e Resolução de Conflitos. A inteligência emocional é a capacidade que temos para reconhecer o que sentimos em nós próprios e nos outros e controlar reacções. Para isto é preciso que desenvolvamos competências pessoais e sociais especificas como a autoconsciência ou a empatia. É um tema giro.
Amanhã regresso ao trabalho.

domingo, 29 de maio de 2011

Star Dust

Olá a todos! Aqui vos apresento a Star Dust - o nosso primeiro veiculo aquático comum. Aqui, tudo de volta dela. Já fomos para Ferreira do Zêzere o fim de semana passado onde apanhei um escaldão brutal que não hei de me esquecer e este sábado também lá passámos o dia. Muito bom. Hoje o R. foi para a Alemanha em trabalho. Daqui a 1 hora chega lá. Já estou com saudades. 


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Novas Rotinas

Nestes últimos 4 meses em que íamos todos os dias para o hospital ver o pai do R., criou-se uma rotina. Nos primeiros tempos, ia todos os dias à hora do almoço ter com o R. ao escritório em Carnaxide, levava o almoço de casa e almoçávamos pelo caminho. Depois quando mudou de serviço, só podíamos ir à tarde e por isso, comecei a ir ter com o R. de comboio a Caxias onde seguíamos para o hospital. Os arrumadores de carros daquela rua já os conhecíamos a todos: o "Camões" que usa uns óculos escuros só com uma lente e que mal nos via começava a correr, uma senhora que sempre que lhe dava uma moeda, me fazia uma vénia, etc. Entrávamos no hospital e íamos buscar as senhas para pudermos subir - as senhoras já nos conheciam bem (devem estar a achar estranho, ainda não termos aparecido desde 5ª). Subíamos e já todos os auxiliares e enfermeiros nos conheciam. A caminho do quarto, nunca sabíamos como íamos encontrar o tio. Tinha dias em que estava óptimo (como foi o caso da ultima vez que estivemos com ele) e outros dias em que estava com mais falta de ar. Independentemente do estado em que estava, gostava muito de nos ter por ali, de nos sentir por perto, mesmo que fosse em silêncio. Muitas vezes ficámos de lágrimas nos olhos por não sabermos o que esperar e mais vezes ainda sorrimos uns para os outros num gesto de compaixão. ás 3 da manhã de 5ª feira, tudo mudou. Hoje sai do trabalho e não apanhei o mesmo comboio de todos os dias... Vim para casa e parece que o dia nunca mais acaba...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O dia em que o mundo ficou mais pobre

Pois é... Este é um dos dias em que perdemos uma pessoa muito importante nas nossas vidas. Foi um caminho de 4 meses cheios de obstaculos, lagrimas e sorrisos. Foi um caminho comprido q acabou depressa e silenciosamente. Foi um caminho de descoberta de afectos escondidos, de sorrisos de esperança e de palavras de alento. Nao esquecerei o ultimo "ate amanhã". E de facto é mesmo um até amanha, porque sei q estara sempre aqui ao nosso lado.

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Da ca um beijinho

A minha funcao é recrutar ajudantes familiares para por a trabalhar em casa dos nossos clientes, e como a maior parte delas, ao fim de algum tempo deixam-nos penduradas, tentamos sempre trata-las o melhor q sabemos e conseguimos para nao as perder incluindo falar-lhes de beijinho. Na semana passada, cada vez que chegava uma ajudante familiar ao escritorio, chamavam me para a conhecer e la lhes dava uma beijoca. Ate que... Vai la o sr dos computadores... Chamaram-me, apresentaram-mo e como nao sabia o grau de proximidade, espetei-lhe com 2 beijinhos. Hj os tecnicos foram
la novamente. disseram-me:" Teresa, voce quando vir o tecnico, estende-lhe logo a mao." e riu-se. Claro q corei. Acho q naquele dia, se o homem do lixo la tivesse ido, tambem lhe tinha dado um beijinho.... :)

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Location:Comboio

Carlos Coelho forma um partido que eu voto em ti

No programa prós e contras, este Sr. - Carlos Coelho - fez uma intervenção de génio. O nosso país precisava de mais 10 com o pensamento dele que se endireitava num instante! O video cheira-me que não tarda nada começa aí a aparecer. Inspirou-me ouvir o discurso dele.
Continuo a gostar muito do meu trabalho. Hoje os meus bosses levaram a equipa a almoçar fora como forma de me darem as boas-vindas! Há coisas fantásticas não há?
Dêem graças a Deus por não terem estado comigo ontem. Estava tão irritada mas tão irritada que nem me reconhecia a mim mesma. Algo de estranho se anda a passar... eu acho que é ansiedade e estar sob pressão que quando está presente a longo prazo, começa a surtir efeitos indesejáveis. Só me apetecia chorar... e chorei. Hoje quando abri os olhos de manhã, soube muito bem não estar a sentir o mesmo que sentia antes de me deitar. Hoje já passei bem o dia.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sobre a Vida, a Morte, a Partilha e a Esperança

Primeira semana de trabalho concluída. Estou de rastos, mas estou a gostar muito do trabalho que estou a fazer, e grande parte deste facto está relacionado com as pessoas que me rodeiam no escritório. A forma como as pessoas que nos rodeiam se relacionam e nos tratam é fulcral no nosso bem estar. Hoje saí sozinha para almoçar. Fui ao mesmo sitio todos os dias da semana. Como fui almoçar mais tarde, quando lá cheguei, tive de ficar à espera de mesa e, enquanto esperava, chegou uma senhora de 80 e muitos anos que se movia com dificuldade com a filha de 40 tal anos para almoçar que esperavam mesa depois de mim. Quando o senhor me arranjou uma mesa, disse a estas senhoras que se quisessem se podiam sentar comigo. Enquanto eu almoçava uma sopa de peixe (que já não consegui comer o prato principal tal era a sua robustez), ia conversando com elas temas triviais. Hei-se-não-quando peço ao empregado para pagar e a senhora  mais nova se oferece para me pagar o almoço pela minha simpatia e disponibilidade (não deixei claro está) e disse-lhe que aquele almoço tinha sido um prazer. Deixou-me a pensar no individualismo em que vivemos todos os dias... é triste. Gosto de não ser assim e de ter a capacidade de pensar no outro.
ATENÇÃO - Vem um texto grande, se não tiver paciência, basta ler a frase no final deste post que resume o que quero transmitir. 
Como muitos sabem, desde Janeiro que vou ao hospital ver o pai do R. Nestes 3 meses, passaram na minha vida algumas famílias (familiares do senhor da cama do lado) e todos os seus receios, lágrimas, e aflições. Começou um senhor do qual não me lembro do nome que tinha uma doença raríssima que lhe dava dores alucinantes. Era casado e tinha 2 filhas. Toda a família era "alternativa" - tinham cerejas e cupcakes tatuados e piercings. Muitas foram as vezes que vi as lágrimas a escorrer pela cara. O 2º companheiro de quarto era o  Zé que tinha tuberculose óssea e que apesar de eu lá ir diariamente, nunca lhe vi nenhuma visita, mas os sumos, águas e bolachas apareciam em cima da sua mesa de cabeceira, pelo que deduzo que lá iria alguém. Um rapaz altíssimo e que depois de ter tido alta, voltou ao hospital para fazer uma visita ao pai do R. O 3º rapaz companheiro de quarto era um miúdo angolano de 16 anos chamado Silvestre que desde pequeno tinha infecções respiratórias e que queria ser arquitecto. Enquanto estava internado, pedia à mãe que com muitas dificuldades monetárias se deslocava ao hospital, para lhe levar os livros para que pudesse ir estudando. O 4º - Sr. Fernando - de 80 e muitos anos, estava internado porque lhe descobriram que tinha um pulmão muito pequeno e tinha desenvolvido uma infecção respiratória grave. A mulher ia lá vê-lo todos os dias e levava-lhe um iogurte de colher fresco que era praticamente o que ele comia o dia todo. A mulher tinha  prai 1,50 metros e era gordinha. Passava a visita inteira a falar da família que tinha morrido, explicando ao mínimo pormenor a doença, o sofrimento, e o ultimo suspiro. Depois, veio o Sr. António. O Sr António, tinha a filha e a neta todos os dias à tarde ao pé dele. O cérebro dele começou a falhar, e já não reagia. A filha (de 50 e muitos anos) cada vez que me via, aproximava-se com uma necessidade intensa e desesperada de puder falar comigo. Ontem, depois de na ultima semana o pai se ter degradado de forma drástica, eu saí do quarto e ela veio atrás de mim. Quis falar da angustia que sentia em perder o pai, das ultimas palavras que o pai disse antes do cérebro se apagar mas o coração continuar a bater, quis ligar-se a mim. Hoje de manhã tive a triste noticia de que morreu. É triste, mas sabem que mais? Cruzam-se pessoas incríveis nas nossas vidas, quer seja pela sua simplicidade ou pelas pequenas grandes lições de vida que nos dão e cada vez mais penso que A Vida, a Morte, a Partilha e a Esperança, são os principais pilares da nossa essência... 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

1º Dia de Trabalho

Pois é... hoje foi o meu primeiro dia de trabalho. Estou a gostar de tudo: das pessoas e da sua simpatia, do espaço, do sitio, ... Estou contente! Já tenho um telemóvel de empresa, as chaves da empresa, e o portátil vem a caminho. Nada mau, hein?
Á hora de almoço, fui almoçar com uma colega. Depois de almoço, passamos por um cabeleireiro porque ela precisava arranjar as unhas. Agora vejam o cenário: dentro daquele cabeleireiro, tudo era preto e roxo. Só havia uma mulher (arranja as unhas e faz depilações) tudo o resto eram homens. Mal entrámos no dito sitio, tivemos a percepção de que estava a entrar no meio de uma nuvem (já explico porquê); o homem da recepção usava uns óculos escuros e mais tarde um chapéu de cowboy; um dos cabeleireiros estava de máscara (aquelas que ás vezes são usadas por quem tem alergia) e passo a explicar o porquê: o secador que estava a usar para esticar o cabelo à desgraçada da rapariga, deitava um vapor (daí a nuvem lá dentro) que punha o cabelo tão seco que quando ele largava a madeixa, o cabelo não se mexia. Quando ele usava este modo do vapor esquisito a sair, a rapariga punha uma toalha à frente do nariz e boca com um ar infeliz que só visto. Depois de ver este cenário e passados 3 minutos de estarmos a rir às gargalhadas descontroladas, achamos por bem dizer que já não havia tempo e que ficava para a próxima. Hilariante.